quinta-feira, 14 de maio de 2009

EDUCAÇÃO ELEITORAL

Política segundo alguns dos dicionários mais populares significa, arte ou ciência de governar. A partir do processo gregário da humanidade, ainda em pequenos grupos, a necessidade de aprender a arte de governar se tornou imprescindível na organização da civilização – por parte dos representantes da população. O interessante é que ao longo da história parece ter havido uma real evolução (ou corrosão) nessa arte chamada política, os números de escândalos tem se multiplicado exorbitantemente e os políticos tem se ocupado tanto em CPI's que tem sobrado pouco tempo para cuidar do interesse público, por esse motivo é que a sociedade moderna está tão desacreditada nas ações dos governantes. Das sociedades mais remotas às mais modernas, percebemos um forte teor de incrementos ao significado do vocábulo em evidência.
Um periódico publicado recentemente na Revista VEJA, mostrou que a sociedade contribui e muito, para que os artistas da política continuem a fazer cenas ridículas na arte de governar (salvo algumas exceções). Duas reflexões são primordiais nessa compreensão. Primeiro, será que tais políticos perderam a aula que versava sobre a honestidade ou enquanto a aula era ministrada, faziam festa com os cartões corporativos em viagens com a parentela, usufruindo das passagens aéreas adquiridas com montantes públicos? E segundo, será que foi a população, que tomou junto com um copo de água uma dose de esquecimento, e enquanto essas “festas” acontecem está emaranhada no trabalho para atender aos anseios da alfândega e pagar em dias as contribuições tributárias?
Na nota de reportagem exibida pela revista, mostrava um artista da política que renunciou a presidência do congresso por acusação de enriquecimento ilícito, “coitadinho”, um ano depois foi eleito deputado federal. Outro perdeu o mandato de Presidente da República, repito PRESIDENTE DA REPÚBLICA após ser acusado pelo próprio irmão de liderar um governo corrupto, e o que aconteceu com o referido artista? Tirou férias por 14 anos e depois foi eleito senador pelo estado de Alagoas, (eu pensei que já tivesse saído do cenário político). Só mais um personagem, renunciou a candidatura à presidência depois que a polícia apreendeu 1 milhão de reais de origem desconhecida em seu comitê de campanha. (1 milhão) No mesmo ano elegeu se senadora, representante do povo.
Esses e muitos outros relatos no cenário político atual parece persuadir o conceito de política à uma denotação negativa como citado outrora, entretanto é preciso acordar para enxergar a realidade imposta e suas contradições quanto ao sentido original das necessidades de se ter representantes. As idiossincrasias precisam ser relevadas para prevalecer o interesse coletivo dando lugar, dessa maneira, a uma consciência sócio-politica tal – educação eleitoral, que venha a intervir nesses descasos que se constituem verdadeiros abusos aos direitos dos eleitores. Partindo desse pressuposto é que precisamos exercer conscientemente o nosso direito eleitoral, entregar-se ao acomodismo de que nada vai acontecer, nunca! Deixar de votar é se recusar a construir uma nova realidade.


Moises Ribeiro

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